sexta-feira, maio 09, 2014

A Outra Vida - Susanne Winnacker


A Outra Vida
Autora: Susanne Winnacker

Sherry e sua família estão há mais de três anos trancados dentro de um abrigo em sua casa para fugir da ameaça que ronda L.A. No início a previsão de isolamento seria apenas alguns meses, mas isto acabou se estendendo. Agora sem comida, seu pai e ela resolvem se aventurar para fora em busca de alimento e voltar logo em seguida, no entanto não é assim que as coisas acabam ocorrendo. Quando "chorões", humanos modificados por algum tipo de vírus, atacam seu pai ela só tem uma única chance. Acreditar naquele que a ajudou a fugir e salvar sua família, para depois ir atrás de ajudar seu pai e além disso, rezar para que ele não tenha sido contaminado. O problema é que Joshua é muito mais do que seu salvador e acaba despertando certos sentimentos na jovem que deveria focar em salvar o pai.

Sabe aquele livro que fica tempos na estante e você nunca tem realmente vontade de ler? Quer dizer, quando chegou eu até tinha, no entanto o tempo foi passando, novas leituras chegando e A Outra Vida foi ficando ali, apenas esperando sua vez. Não sei porque, já que li ele muito rápido e de certa forma acabei gostando da leitura. Nunca havia lido nada que tivesse zumbis, acho que o mais perto que cheguei foi assistir desenhos do Scooby-Doo (desnecessário), mas não é como se os monstros desse livro fosse exatamente pessoas voltando dos mortos. Na verdade são muito mais horripilantes, seres inteligentes, ágeis e famintos que não medem esforços para conseguir seu alimento, que estão prontos para atacar e que assombram os pensamentos de quem ainda consegue sobreviver.
"A outra vida não existe mais. Este novo mundo tem suas próprias regras. Sobreviver aos ataques é uma delas. Se acha que vai encontrar bondade e misericórdia, está enganada."
Não posso dizer que é um dos melhores livros que li, mas com o intuito de entreter este livro atinge seu objetivo. A escrita de Winnacker é fluída e concisa, tornando-se assim bastante agradável. Algo que chegou a me irritar durante a leitura foi a personagem principal Sherry, em determinado ela se mostrava cheia de coragem para logo em seguida ter ataques de histeria que só atrapalhavam. Não sei bem explicar, porque talvez eu reagisse extamente assim, mas acabou ficando uma coisa extremamente chata e sem graça. Enquanto Joshua dava a vida e era destemido Sherry ficava aos berros ou tremendo como vara verde. Enfim, esta parte foi estafante.

Algo que não gostei muito, mas não chega a incomodar é que os capítulos, narrados em primeira pessoa por Sherry, se intercalam entre o presente dos acontecimentos e algumas cenas do passado antes da epidemia, ou seja a outra vida. Achei tudo um pouco desnecessário já que não contribuiu em nada para o desenvolvimento da história. A Outra vida não é um livro que eu posso dizer que adorei, ele é bastante mediano, mas a evolução na leitura, a rapidez com que li e o desenvolvimento dos personagens foram algo que me chamaram a atenção. Sendo assim ele é um pouco melhor do que alguns livros que li, mas não perfeito. Algo que devo ressaltar também é que o final me deixou com vontade de ler o próximo, já que é cheio de revelações que acabam sem conclusão ou justificativa. O problema é que foi informação demais, acho que uma ou outra coisa poderia ter sido resolvida, ficaram muitas pontas soltas.

Enfim, acho que disse o pouco que tinha para dizer sobre este livro, como já faz um tempinho que li não se se fui coerente e correta nas minhas impressões, na verdade o que coloquei na resenha é o pouco que me lembro. Agora para encerrar digo a vocês que A Outra Vida é uma narrativa simples, fluente e apocalíptica que adiciona elementos distópicos, romance e muita ação, vale a pena dar uma chance.

Melhores Quotes:
"Um milhão, seiscentos e quarenta mil, cento e sessenta minutos desde a última vez que corri, desde a última vez que meus cabelos balançaram ao vento, desde a última vez que vi alguém que não fosse da minha própria família."

"Eu ainda não tinha ido a uma festa, nunca tinha pintado o cabelo, nunca tinha beijado um garoto. Existia tantos “nunca".

"Nunca corra de um predador, ou você se tornará presa dele. Lembrei imediatamente das palavras do vovô."

"- Foi difícil para mim nas primeiras vezes. Mas vai se acostumar. Não gosto de matar nada. Detesto esta vida, esta matança, mas se não são eles, somos nós. Eles estão nos caçando. Matá-los é nossa única chance de sobrevivência."

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