segunda-feira, agosto 29, 2016

[Resenha] Outlander: Os Tambores do Outono - Diana Gabaldon

Os Tambores do Outono - Parte I
Outlander #4
Autora: Diana Gabaldon
Editora Arqueiro
Skoob


Sinopse: Neste livro emocionante, repleto de ação, intrigas e detalhes históricos, as barreiras do espaço e do tempo são postas à prova pelo amor de um casal e pela coragem de sua filha em mudar o destino para salvá-los.
Será possível alterar o passado?
Após tomar a difícil decisão de deixar a filha no século XX e viajar no tempo novamente para reencontrar seu grande amor, Claire Randall tem mais um desafio: criar raízes na América colonial do século XVIII ao lado de Jamie Fraser. Eles partem rumo à Carolina do Norte para encontrar um novo lar e contam com a ajuda de Jocasta Cameron, tia de Jamie e dona de uma propriedade na região.
Enquanto isso, em 1969, Brianna Randall se une a Roger Wakefield, professor de história e descendente do clã dos MacKenzie, para encontrar as respostas sobre as próprias origens e sobre Jamie, o pai biológico que nunca conheceu.
Em meio às buscas, ambos encontram indícios de um incêndio fatal envolvendo os pais de Brianna. Mas Roger não pode lhe contar isso, porque sabe que a namorada tentaria voltar no tempo e salvá-los. Por outro lado, Brianna também não compartilha sua descoberta, pois tem certeza de que Roger tentaria impedi-la.
A leitura de Resgate no Mar termina no momento em que Claire e Jaime chegam a América e a maioria de seus problemas parecem finalmente ter se resolvido. Contudo, em Tambores de Outono a vida no novo mundo começa a se mostrar um desafio pouco antes de o casal se estabelecer. Os dificuldades de viver em um lugar desconhecido em que confiar em alguém pode ser a ruína está longe de ser fácil de enfrentar, mas mais uma vez o casal está disposto a vencer todas as adversidades e enfim tem o seu lugar ao sol. A melhor forma de vencer é se juntar ao seus e com isso dar início ao que pode ser a calmaria depois da Tormenta. 

Enquanto isso, no século XX Briana, a filha do casal, tenta suplantar a dor de ter perdido a mãe talvez para sempre. Ao mesmo tempo em que tenta esquecer do que aconteceu ela também precisa lidar com Roger, rapaz pelo qual é apaixonada mas que quando presente traz lembranças dolorosas demais para a vida da jovem. Em meio a isso uma descoberta pode mudar todo o destino da personagem e ela está disposta a mudar o passado, mesmo que isso signifique desbravar um seculo desconhecido. Roger está disposto a mantê-la segura, mas talvez não seja capaz de salvá-la de si mesma.

Acho que esse é um bom resumo do que acontece na primeira parte desta história. Talvez tudo pareça até mais empolgante do que realmente é. A questão é que venho tendo um problema com esta série em todos os livros que li até o momento, não que eles sejam ruins, mas o fato é que a escrita da autora é exaustiva. Neste volume senti isso ainda mais intensamente, as poucas partes importantes e interessantes estão quase perdidas em meio a tanta coisa desnecessária.

A jornada dos protagonistas apesar de ser parte importante da série como um todo cai em um marasmo sem fim. As partes mais empolgantes se devem a vida de Briana no "futuro", no entanto é o que menos é apresentado no livro. Porém, por experiência própria sei que na segunda parte a história sempre se torna mais empolgante, visto que foi isso que aconteceu com todos os outros livros tenho esperança de que as coisas melhorem. 

É difícil analisar Os Tambores do Outono como um livro só, o fato de não termos a visualização da história toda deixa uma sensação de incompletude, o que torna a avaliação não tão boa quanto poderia ser. 

Enfim,Os Tambores do Outono - Parte 1 é um bom livro no geral, mas seria ainda melhor se esta avaliação englobasse a história como um tanto, tanto a Parte 1 quanto a Parte 2. No mais, só espero que as coisas melhorem no livro que vem em seguida. A edição da obra segue o padrão da editora, simples e bem elaborada. No mais, haja fôlego para tanta informação!
Melhores Quotes:

"Nunca tive medo de fantasmas. Afinal, vivo com eles todos os dias. Quando me vejo no espelho, os olhos da minha mãe estão fixos em mim; minha boca esboça o mesmo sorriso que atraiu meu bisavô.Não, como poderia temer o toque daquelas mãos que se foram, pousadas em mim com amor desconhecido? Como poderia temer aqueles que moldaram minha carne, deixando seus traços vivos em mim muito depois de partirem?Temo ainda menos aqueles fantasmas que invadem meus pensamentos. Qualquer biblioteca está cheia deles. Posso pegar um livro de uma estante empoeirada e ser assombrada pelos pensamentos de um falecido há muito tempo, ainda vivo como sempre nas longas páginas repletas de palavras...Os fantasmas passam por nós e través de nós o tempo todo, escondendo-se no futuro...Nós entramos e saímos da esfera do mistério e, nesse meio-tempo, tentamos esquecer. Mas há uma brisa que entra em uma sala tranquila e sopra meus cabelos de vez em quando com carinho. Acho que ela é a minha mãe."

"Perdão não é um ato único, mas uma constante prática."

"Então, enquanto meu corpo viver e o seu também - somos um só. E quando meu corpo parar, minha alma ainda será sua.  Eu juro pela minha esperança de paraíso, nós nunca estaremos separados."

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